O branqueamento interno de dentes não vitais é um procedimento conservador indicado para a correção de alterações cromáticas intrínsecas associadas a traumatismos, tratamentos endodônticos ou alterações pulpares. A sua previsibilidade e segurança dependem de um diagnóstico rigoroso, da correcta execução técnica e do respeito absoluto pelos princípios biológicos.
Este protocolo clínico define uma abordagem estruturada para a realização do branqueamento interno, contemplando a avaliação do estado endodôntico, a correta vedação cervical, a seleção do agente branqueador e o controlo dos tempos clínicos. São estabelecidos critérios claros de indicação e contraindicação, bem como medidas essenciais para a prevenção de complicações, nomeadamente reabsorções cervicais externas.
O documento aborda ainda a gestão da cor ao longo do tratamento, a estabilidade do resultado no tempo e a integração do branqueamento interno no planeamento restaurador subsequente. O protocolo privilegia uma filosofia minimamente invasiva, focada na preservação da estrutura dentária e na segurança a longo prazo.
Este protocolo destina-se a apoiar o médico dentista na execução previsível e clinicamente responsável do branqueamento interno de dentes não vitais, garantindo resultados estéticos controlados e sustentáveis.